Não sei muito bem o que dizer e a prudência manda-me não dizer nada. O que é meio caminho andado para o disparate.
Nesta altura o engalinhaço é regra. O Luís engalinhou com o Ricardo. O Hugo com o Chico. O Zé com o Carlos. O Manel com o Castro. (Ou seria ao contrario?)
Não sei quem tem razão. Nem quero saber. Nem mesmo utilizando a falácia do costume”até tinhas razão, mas como começaste aos berros”. Na realidade até acho que ninguém tem tanta razão assim.
Há várias variantes incomodativas. A primeira é a definição de Novato. Outra a influencia que os média tem na divulgação. O tempo que por aqui andamos. O objectivo do “jogo”. A frequência do sexo. Ou a flatulência mental. Mas há mais.
Também eu tive medo de que a afluência de magotes de pessoal trouxesse alguma perda de qualquer coisa. Mas o meu primeiro problema foi saber o que é que se poderia perder.
Elitismo? Qualidade? Companheirismo? What?
Provavelmente tudo isso e muito mais. Se tomar como exemplo a mulher do vizinho, quanto mais abébias ela der pior é o relacionamento entre eles, mesmo que melhore o espaço para pendurar casacos ou aumente substancialmente o rendimento familiar. E sem impostos que são uma coisa que me faz azia.
È possível transpor isso para o geocaching? É. Desculpem lá a largueza da linguagem mas isto começa a parecer uma casa de p…! E o que me chateia nem sequer é o nível actual, é mais a hipotética provável hipótese de que a procissão ainda vai no adro.
Das duas uma, ou fechamos a loja despachando as ultimas adições ao maralhal, ou arranjamos maneira de conviver todos.
Em determinada altura até me preocupei com a qualidade da novatagem. Mas vendo bem, novato, numa das minhas definições, é o gajo que faz artolices e, ou não deu por isso, ou até acha que tem razão. Pois…, chegou a altura de dizer um “sejam bem vindos” geral. Cá para mim, tenho ai umas dúzias, (que exagero! São só umas centenas.), de rapazinhos, (e rapazinhas, poizatão), mesmo a precisar de serem batizados. E considero que é mais problemático o comportamento do gajos “velhos” a fazer asneira propositada, mesmo que armados em vingadores versão tuga, do que algum dos “novos” a dar um tropeção e fazerem borrada por ignorância ou inexperiência. E a minha experiência vai-me consolidado cada vez mais esta opinião.
Claro que vamos assistir a chegada de pessoal menos disposto a portar-se bem. A alternativa é fazer um exame de admissão, porque se os obrigar a fazer teste de aptidão, 90% dos actuais é escorraçado impiedosamente. (ok, 90% é capaz de ser exagero…, 89?)
Essa chegada implica o quê? Perda da virgindade qualitativa? Da pureza da raça das caches? Proliferação da marginalidade geocachiana?
Eu sei qual é o medo. Ou um dos medos. O risco crescente de que tropecemos com uma
GCM.
No entanto causa-me algum incómodo que o companheiro que mais afirma a sua total disponibilidade para armar logs de faca e alguidar, seja o que mais refila contra a entrada de novos membros que, hipoteticamente, farão descer o nível da coisa. Óh homem, dá-lhe cabo das orelhas! Ou estás com medo do excesso de trabalho?
Eu, exerço assim um escrutínio apertado ás novas caches. De quem são? Onde são? O que é preciso fazer? Qual a opinião de quem já lá foi? Umas para fazer já, outras para não fazer já! Simples. E quanto mais houver mais posso escolher, até me tornar no gajo que só faz caches boas. Máináda! Se a coisa for levada no bom sentido até é possível, por via do redirecionamento objectivo da fúria qualificadora, ir intercalando sessões de sexo mais intenso com as sessões mais calmas, modernamente chamadas de “tantalização sexual”. Mesmo que a palavra “tantalização” tenha umas conotações um tanto badalhocas.
O pessoal que anda aí a correr para ficar no cimo do top10 devia encarar isto de uma forma mais saudável. Assim podem andar a fazer corridas á vontade sem medo de encontros imediatos com alguma tipo castanho malcheiroso que se tenha imiscuído abusivamente.
Claro que volta e meia lá vem uma aselhice numa cache nossa. Pode ser “log”uica, posicional, destrutiva ou simplesmente artólica. Coisas que pessoalmente também me deixa de fígados engelhados. Logues apagam-se. Desposicionamentos, ficam á espera dos próximos DNF. Destrutivas, parto para a galheta. Artolicas, rio-me indecentemente no focinho do gajo. E, dependendo do dia, posso dar uma dica mais ou menos colorida sobre a ascendência familiar do moço. Já são tantos que nem sequer lhes pretendo conhecer as inaptidões. Dificilmente me surpreendem já. Quero lá saber… Amanhem-se!
A coisa que mais me seduz, é o companheirismo que se mantêm entre alguns. Os especiais. O que se chegam e se mantêm melhor e mais perto. A porta está sempre aberta, são bem vindos. Fazem parte ou ganham esse estatuto. Por direito próprio. Os outros, ou só vem pela cerveja, ou rondam a caravana fazendo barulho.
O melhor que posso dizer é, portem-se bem. Ia a dizer que a recomendação era só para os “novos” mas arrependi-me a tempo. Os que vierem que venham por bem.
Bem hajam e lembrem-se que se chegarem a casa com uma flor e nem lhes derem tempo de agradecer, elas não levam a mal.
Não se estraguem e divirtam-se. Sozinhos ou aos magotes, não interessa, divirtam-se na mesma..