Até já fui tomar café, mas não consigo resistir, está-se a falar da minha grande paixão, a Olivicultura.
Inicialmente entrei a brincar com o colega, todos ou quase todos sabem exactamente que a minha paixão e isto mesmo, a olivicultura ou se preferirem a azeitona e comparar a olivicultura com a helicicultura (que o colega refere como “apanhar caracóis”) é como comparar a fruticultura com a piscicultura, ou para os mais dificultados, água com o vinho; não têm nada em comum.
A cultura da azeitona que tem o seu inicio como cultura familiar e milenar não fosse esta fantástica espécie um perfeito
exemplo disso mesmo.
Até algumas décadas atrás, esta cultura não tinha sido objecto de grande estudo, no entanto, hoje já é uma cultura feita com as mais avançadas tecnologias com por exemplo o recurso ao nosso familiar GPSr.
Em explorações de razoável dimensão, que não é a minha porque apenas tenho algumas dezenas de hectares de olival, esta ferramenta é absolutamente fundamental para saber as posições de tratamentos fitossanitários, identificar espécimes com carências ou requisitos especiais e até mesmo para controlo de corte quando utilizados discos circulares.
Não é com um mês de treino que um homem consegue extrair a azeitona das oliveiras com recurso ao varejo tradicional, é uma arte apenas ao alcance de alguns, um arte que observada de perto é digna de observação cuidada. Subir a uma oliveira com uma pequena vara e derrubar a azeitona das pernadas mais elevadas deixando a rama intacta é só para quem sabe.
Amigo Álvaro, é sim, tens toda a razão. A azeitona, excepto nos olivais para conserva que é colhida totalmente á mão, e nos super-intensivos que é colhida com escovas, é colhida com recurso a um equipamento denominado por vibrador. Um dia que venhas até Beja apresento-te o meu. O Roscas já teve o prazer de mexer nele.