zoom_bee Escreveu:essas novidades só serão válidas em novos receptores, certo?
Não necessariamente. Pelo menos, no que respeita à constelação GPS (a original, dos EUA), o seu reforço terá efeitos positivos em modelos que já existam. O GPS passa simplesmente a dispor de mais escolha de satélites e pode escolher melhor.
Um receptor de GPS recorre à
informação transmitida pelos satélites do sistema GPS. Estas mensagens (Almanaques), contém toda da informação necessária, incluindo as efemérides (órbitas dos satélites). Com base nestes dados, o GPS calcula as posições esperadas dos satélites, verifica os satélites observados, escolhe os melhor posicionados e calcula as coordenadas do aparelho e de quem o estiver a agarrar.
Esta informação é transmitida a 50Hz, o que é leeeeentoooooo. A mensagem completa pode demorar
12.5 minutos a ser transmitida. Se houver muita confusão de sinais, ou poucos sinais, o GPS "normal" pode demorar muito tempo a conseguir identificar o que vale a pena observar.
Em condições normais, o receptor de GPS tenta aproveitar a informação descarregada anteriormente, se foi descarregada há pouco tempo.
O
AGPS lida apenas com o envio do almanaque e efemérides para um arranque mais rápido. Recorrendo a uma rede móvel (ou outra qualquer), o receptor pode receber imediatamente o almanaque e efemérides, ou no casos dos receptores mais básicos, pode até delegar as contas todas para um servidor qualquer na rede.
Com um processador mais rápido na ponta da linha, o AGPS até pode conseguir mais precisão.
No entanto, sem rede, o AGPS não funciona e um receptor que dependa da tal linha, ver-se-á sem processador e sem posição. Ups.
Para um dispositivo que não é primariamente um telemóvel, o custo acrescido de ter equipamento de comunicação móvel pode não se justificar, donde o AGPS existe maioritariamente em telemóveis porque permite receptores mais rápidos, eficazes, e/ou baratos.