Foi um dia e tanto!
De manhã juntei-me, como combinado, ao Prodrive no Santuário da Sra. do Cabo, onde nos dedicámos a procurar a multicache de lá. Depois dessa seguimos de jipe em direcção à ponta do cabo, fazendo uma paragem no Farol para eu procurar a cache que por lá perto se encontrava.
Estacionámos o jipe junto às casas, que pareciam ter sido um género de quartel e iniciámos a descida a pé. Chegar à cache foi bastante fácil, assim como encontra-la. O pior mesmo foi subir. O Gustavo ia a acelerar por ali a cima e eu tentava-o acompanhar o melhor que conseguia, mas não aguento muito bem as subidas e tive de fazer umas breves paragens pelo caminho. Cheguei finalmente lá acima a arfar intensamente e meio tonto. Felizmente recuperei depressa e dirigimo-nos para o Forte da Baralha.
Deixei o carro junto à estrada e segui no jipe do Prodrive, poupando bastante distância de caminhada dessa forma. Mas infelizmente o jipe não dá para ir a todo o lado, só quase, e os últimos 300 ou 400 metros fomos a pé, sempre a descer. O caminho era curto e rapidamente estávamos no forte. Foi então que, ao cruzarmos uma esquina, deparámo-nos com uma mochila no chão e, um pouco mais à frente, um muggle a fotografar. Não lhe prestámos muita atenção e começámos em busca da cache, que estava a dar bastante luta. Entretanto o muggle virou-se para nós e disse: "Dar com uma small é tramado, não é?"
Afinal não era nenhum muggle, mas sim o Strangedays, que andava por ali a disfarçar. Feitas as apresentações metemo-nos todos ao trabalho e lá acabámos por descobri-la. Após dos logs da ordem metemo-nos a caminho do Arco da Pombeira. O trilho fez-se muito bem, já que era plano. O panorama era fantástico, com as ondas a baterem com força nas rochas e as gaivotas a voarem por ali perto. Ainda houve uma pequena indecisão com o caminho a tomar, mas rapidamente demos com o trilho certo e fomos dar direitinhos ao local da cache, onde um muggle andava a tirar fotos por perto. Depois da supresa do Strangedays também desconfiámos que ele era uma Geocacher, mas como não se acusou durante todo o tempo que por ali andámos, também não fizemos questão em nos apresentarmos.
O caminho de regresso custou um pouco mais, especialmente subir do forte da Baralha até ao jipe do Prodrive. Pelo caminho cruzámo-nos com mais uns muggles. Aquilo andáva concorrido hoje! Ainda bem que o Prodrive levou o jipe, pois cheguei lá acima estafado... mais uma vez.
O Prodrive levou-nos até aos carros e depois de dois dedos de conversa despedimo-nos e fomos cada um à sua vida.
"Bem. Foi uma bela manhã! Agora vou para casa descansar." Pensei eu. Mal sabia eu que estava enganado!
Quando cheguei ao carro recebi uma mensagem. "Lá começam os Twitters outra vez", pensei. Abri a mensagem e fiquei surpreendido quando vi que não era um twitter, mas sim uma chamada não atendida dos Kelux. Telefonei-lhe de volta a ver o que o Rui queria:
- "Então? Telefonaste-me?"
- "Sim. Queria aqui uma ajuda na Cifra Indecifravel."
- "Ah... Essa ainda não fiz. Por onde é que andam?"
- "Estou para os lados de Loures. E tu ainda estás na Arrábida?"
- "Não, já estou a ir de volta"
- "Ah. Estava aqui a pensar ir ter contigo à Arrábida à tarde, mas assim deixa estar".
- "Bem podemos sempre combinar qualquer coisa para esse lado. O que é que ainda vos falta aí"
- "Algumas de Monsanto..."
- "Podem ser essas mesmo! Vou almoçar e quando estiverem prontos telefonem-me."
- "Ok. Até logo!"
- "Até logo"
Bom. Não foi de certeza isto, mas foi algo parecido. Lá regressei a casa. Meti uma lasanha no forno e fiquei à espera que aquilo cozinhasse. Entretanto, o manjar ficou pronto e quando me estava a preparar para o trincar eis que me chega mais uma mensagem ao telemóvel. Cache nova dos Pirata Playmobil no distrito de Lisboa? Deixa meter as coordenadas no GPS para ver onde isto fica. Caneças? Até nem é longe!
Liguei imediatamente ao Rui a fazer-lhe a proposta de irmos até lá tentar o FTF. Eles ainda andavam a meio do almoço e iam demorar um bocadinho, mas ficámos combinados de nos encontrar na área de serviço da CREL dali a 40 min.
Despachei-me a comer e, como não tinha nada de jeito para fazer em casa, zarpei para o ponto de encontro. É claro que cheguei lá bastante mais cedo do que o combinado, mas não me importei muito, já que por ali havia um MAcdonalds e entreti-me a "roubar" a net wi-fi de lá com o PDA. Fiquei comodamente sentado no meu carro a "navegar" até os Kelux chegarem uns quantos minutos depois. Cumprimentámos e seguimos caminho, que isto de tentar um FTF perto de Lisboa não dá para perder tempo.
Pois... bem o podemos dizer. Quando chegámos lá já uma multidão se tinha juntado ao lado da cache. Estacionámos e apresentámo-nos. Bem, para mim não foi preciso grande apresentações, pois já conhecia a maioria das pessoas que lá estavam: os Corvos, o Team Justinos, o Acasim, o JdMarques e o Fjpm777. Eles já tinham encontrado a cache e já a tinham escondido, por isso ficaram a observar enquanto desesperávamos à procura da cache no meio de tanta pedra. Lá conseguimos dar com ela e fizemos o log. A cavaqueira não durou muito e em breve a "multidão" dispersou.
Eu e os Kelux fomos consultar as caches mais próximas no Google Earth e seguimos em direcção à "Presentes no Monte Virgem". Seguindo as indicações do MioMap fomos lá ter perto fácilmente. Estacionámos os carros numa pequena estrada de terra batida e seguimos monte acima pelo meio da vegetação.
O meu GPS e o dos Kelux não se entendiam a principio, mas depois de se entenderem começaram ambos a apontar o ponto 0 no meio de um silvado bastante denso. "Não pode estar ali. Isto deve estar errado". Estava mesmo, afinal a cache estava uns metros ao lado, num local bastante mais acessível. Foram os Kelux que deram com ela no momento em que já me preparava para perder umas gotas de sangue no meio das silvas.
Mais aliviados fizemos o log e rescondemos a cache. Vimos que havia outra cache por perto (que não posso revelar qual é) que os Kelux já tinham encontrado, mas eu não. Eles gentilmente cederam acompanhar-me até lá. Descemos de novo o monte em direcção aos carros e quando lá chegámos vimos que tínhamos companhia. Ouvimos das boas de um senhor que tinha dito que aquele caminho tinha sido arranjado por ele e que não tínhamos nada que estacionar ali e blá, blá, blá
Metemo-nos dentro dos carros e zarpámos dali para fora o mais rapidamente possível, porque o homem não se calava.
Em breve estávamos a estacionar de novo ao pé da outra cache. Eu e o Rui metemo-nos a caminho, enquanto a Cris ficou no carro. Pelo caminho reencontrámos os Jdmarques e o Fjpm777 que estavam de regresso da cache. Falamos um pouco e seguimos caminho. Nós para cima e eles para baixo.
A cache foi encontrada facilmente e em breve estávamos de volta aos carros. Ainda havia uma réstia de dia e mais caches por perto. Após mais uma consulta ao GE zarpámos para a ultima cache do dia: "Tantas Luzinhas 2".
Mais uma vez o MioMap levou-nos lá direitinhos. Subimos o monte, deixámos os carros por perto e andámos os ultimos metros até ao local da cache. A vista era fantástica! A cache estava bem marcada e bastante... óbvia.
Fizemos o log a apreciar a vista, identificando alguns marcos na paisagem. O sol estava a desaparecer por detrás dos montes e ao mesmo tempo levantou-se uma aragem fria, como que um sinal a avisar-nos que o melhor era irmos para casa.
Assim o fizemos. Regressámos aos carros, despedimo-nos e cada um tomou o seu rumo. Fins de semana é o que não falta e em breve haverá mais!
Ufa! Desta vez passei das marcas! Tiveram paciência para ler isto tudo? Sim?! Vocês são os meus herois!
