Insano Escreveu:Eu não critico o altruismo... agora uma coisa que é suja TODOS os dias... não é com a minha ajuda a limpar que vai mudar... acredito mais em pressão social perante quem de direito.
Obviamente que em situações rotineiras é um bocado estar a "bater no ceguinho" e concordo contigo que pouco mais se conseguirá fazer do que pressão social (o que já é alguma coisa)
Em boa verdade digo que nunca tive oportunidade de participar num CITO, não possuo geocachers suficientes na minha região para promover algum nem Beja, felizmente, é o local indicado. Nos organizados por outros colegas existe sempre a questão distancia geográfica que se torna um valente problema.
Recordo-me de um recente CITO que não se propunha limpar "lixo humano" mas uma espécie tramada para a floresta cujo desenvolvimento está relacionado com os incêndios florestais.
Aqui a temática era outra bem diferente e que está directamente relacionada com um flagelo que todos os anos assistimos. Não custa nada saber um pouco mais e acções destas serão certamente úteis e muito bem-vindas.
Na minha opinião é como estar na secção de frutas dum supermercado e encontrar à nossa frente duas ou três maças no chão.
Por um lado existem funcionários pagos para o efeito mas também nem fico humilhado nem mais enaltecido por as apanhar. Simplesmente em vez de seguir em frente e ignorar, apanho-as e coloco-as no seu local.
Todos os anos dão à costa toneladas de lixos de vindos de todo o planeta.
O ideal seria ter uma força local orientada para essa questão mas infelizmente isso não existe (julgo).
Restam duas possibilidades, ou se apanha o lixo ou se anda no seu meio.
Vou dar um outro exemplo pessoal:
Não caço, não sou caçador, não sou a favor dessa prática, não possuo carta de caçador.
A lei não me permite impedir que se cace dentro da minha propriedade deixando duas possibilidades: Ou disponibilizo a minha propriedade para uma zona de caça associativa ou fica a mesma afecta a zona de caça livre.
Em qualquer das possibilidades terei de dar acesso à prática de caça e, obviamente à presença de caçadores.
Infelizmente, os caçadores estão mais preocupados em acertar nos desgraçados dos animais em vez de tomar atenção ao lixo que fazem. Sabem que não podem deixar cartuxos vazios no chão, que não podem deixar sacos, latas ou garrafas ou outros lixos mas esses conhecimentos ficaram todos na secretária quando tiraram a carta de caçador.
Com este cenário está-se mesmo a ver no que resulta: cartuchinhos, garrafinhas, saquinhos e muitas outras coisas terminadas em inhos que os senhores caçadores deixam para trás.
Eu, fico, por sua vez, com duas possibilidades: Ou limpo a propriedade, ou deixo como está.
Pois, se limpar a propriedade, apesar de na semana (ou quinzena, ou mês) seguinte o lixo regressar ao local, tenho tudo limpo e asseado. Afinal é a minha casa.
Se, por outro lado não limpar, para além de ver o lixo a crescer de forma sistemática, fico sujeito a coimas que podem ascender a 3000 € pela presença de produtos perigosos ao meio-ambiente; sou penalizado por por não executar boas práticas culturais perdendo o acesso a alguns benefícios da agricultura; sou visto como porco pela comunidade por não ter a casa limpa (lembro que não fui eu que sujei); corro o risco de não ver as minhas colheitas a serem rejeitadas nos meios de distribuição.
Que devo fazer? (na, na, na. Não posso impedir o acesso à caça ou teria a GNR à perna)