O único país que visitei em que poderia ter esse problema de comunicação foi a República Checa.
De há uns anos para cá, fazemos sempre questão de alugar um carro e andar um pouco por todo o país, não visitando apenas os sítios turísticos. Por isso, houve localidades onde só se falava checo.
Na preparação de algumas caches, acabei por aprender algumas palavras soltas, como os exemplos que o Torgut fala no artigo, e outras palavras chave (o obrigado, por exemplo) e denominações de monumentos (como castelo, igreja, ponte, ...). Aprendi ainda a dizer água (voda) e cerveja (pivo). Tive um mini-curso de 10 minutos com a minha cunhada, que me ensinou como se pronunciam certas letras e conjugações de letras (os "j" lerem-se "i", por exemplo).
Em todas as situações conseguimo-nos desenrascar-nos razoavelmente, mesmo em restaurantes que a ementa estava só em checo, usando um pouco do google translate (se bem que nalguns casos, a tradução é perfeitamente hilariante). Chegámos a ir comprar fruta a uma mercearia, e como a matemática é uma linguagem universal, tivemos um atendimento impecável, com a senhora a ir escrevendo num papel quanto nos custaria levar o quê.
Também foi engraçado ir a um hipermercado comprar uma recarga para o cartão telefónico... só falavam checo e foi com gestos que nos safámos!
Outra situação caricata, foi em Maiorca (ilha espanhola), em que no rent-a-car, a funcionária só sabia falar alemão e foi engraçada vê-la a tentar explicar-nos por gestos o que é que o seguro incluia!
Acho que há sempre maneira de nos safarmos! Nem que seja com desenhos, gestos, ou apontando no mapa para onde queremos ir!