Geocaching@pt

Desculpem o título em inglês - mas confesso que gostei bastante do título do artigo original, e passa muito bem a ideia.

O It's Not About the Numbers publicou um artigo (podem vê-lo aqui - http://www.notaboutthenumbers.com/2011/ ... addiction/ ), sobre um interessante conceito de cache. A ideia é incentivar a colocação de caches de tamanho regular (para combater a profusão de micros e nanos, especialmente em locais onde caberiam caches maiores) e, para isso, a cache que é escondida é uma "large" com várias regulars completas no interior (incluindo stashnote e logbook), prontas a ser levadas e colocadas pelos geocachers que descobrirem a cache inicial.

É um conceito interessante, porque, no fundo, é uma retribuição e um incentivo - para que o próprio owner original seja "recompensado" e possa procurar caches interessantes (em contentores que, no fundo, ele preparou). Isto pode ser um incentivo também à colocação em áreas em que o geocaching não esteja ainda muito desenvolvido (essas áreas ainda existem?).

Tenho ideia que isso já foi feito aqui em Portugal uma ou duas vezes. Só não me lembro exactamente em que cache.
Mas nisso, acho que o MAntunes é capaz de se lembrar.

Rifkinda

Sim, lembro-me vagamente.

Mas... lembro-me de ter feito algo que é o contrário do que agora se pretende: coloquei uma cache regular com cinco micros lá dentro!

Eu explico. Na altura, abaixo do Vila Nova de Milfontes e até à Serra do Caldeirão não havia caches no Alentejo entre o a Costa Vicentina e Espanha. Um rectângulo enorme sem um único pontinho no mapa.
Quando eu preparei a colocação da "Em buscas das nascentes do Sado" reparei nesse pormenor.
Três geocachers aceitaram o desafio e nasceram 3 caches na zona indicada.

Antes desta ideia, tive uma outra para o Porto - acreditam que não havia uma unica cache na cidade do Porto, durante largo tempo em que já havia caches em todas as provincias e cidades mais importantes?. Então, estive mesmo com a ideia de colocar uma cache na Via Panorâmica, com 5 micros lá dentro. Mas o Pedro "ZoomBee" lá colocou as primeiras 4 caches na Invicta e eu mantive-me quieto. Mas esteve mesmo para se realizar. Cheguei a ir lá e tudo, numa deslocação de trabalho, que era a que eu estava para realizar o meu projecto de conquista da Invicta.

Chamava-se a esta ideia as "seed" caches. Penso que, mais importante que ter caches de tamanho regular, era ter caches de qualidade e eu tinha a certeza que haveria locais que merecessem ser mostrados. O tipo e tamanho da cache era secundário. O importante era o local, o passeio, a deslocação.

A ideia até que é interessante mas no contexto norte americano (muito embora não conheça a sua realidade).
Temo que em Portugal, e desculpem lá a minha frontalidade, estas caches acabassem por serem utilizadas com fontes de manutenção.

Confesso que não me incomoda nada se o contentor é pequeno ou grande.
Os meus filhos, o publico alvo que mais poderá apreciar os grandes contentores, de tanto esterco que já viram no interior das caches neste momento já nem sequer querem fazer trocas:

"Pai, isto só tem papeis e lixo..."

Honestamente, entre uma micro que apenas tem um logbook ou uma regular com cigarros, rebuçados, preservativos, pedras apanhadas ao lado ou outros artigos que noutras circunstancia iriam para o caixote do lixo... venha o diabo e escolha (escolho micros )

Ainda assim continuo, dentro do possível, a colocar contentores regulares mas com conteúdos bem mais modestos porque sei que no final de meia dúzia (assim uma meia dúzia de 1 ou 2) os artigos com algum interesse foram-se e o que resta será... nem sei que nome dar!

Estou completamente de acordo com o ajsa!

Quando faço geocaching sozinho ou com outros amigos, não me importo (muito) de encontrar micros, se a caçada/ busca valeu a pena! Se a forma como foi concebida é tão espectacular que o facto de ser micro é irrelevante!

Agora quando faço geocaching com o Felino mais novo (tem 4 anos), agrada-me encontrar caches com conteúdo... até já comprámos um saco de dinossauros miniatura para deixar em caches. Ele já sabe que para tirar alguma coisa tem que deixar outra...