Depois de mais um contacto estabelecido com o ICBN, fui informada que a situação mantinha-se.... Ou quase!
Em meados de 2009, havia a indicação que possivelmente e com o novo plano, os acessos aos
Carris, Nevosa e toda a área que vai do Borrageiro aos
Carris e fronteira vir a ser considerada zona de acesso condicionado, isto é, acessível mediante autorização de caminhada ou seja,
licença.
Na altura, a licença de caminhada era
gratuita embora morosa na sua obtenção. No entanto, já o pessoal se queixava de ter de andar atrás de uma licença para caminhar. Para além disso, nem todo o Gerês estava acessível.
Ora e até ao momento, não houve mudanças em termos de interdições. O plano anterior ainda não foi alterado, e, o novo plano ainda não entrou em vigor. Sendo assim, o acesso a essas zonas continua interdito.
Como se isto não bastasse, foi implementada uma portaria que estabelecia as áreas que podiam ser acessíveis e afins, assim como, os custos inerentes á emissão de pareceres. Como é do conhecimento de todos, esta portaria suscitou as mais diversas polémicas e acabou por ser revogada.
Apesar disso, esta portaria não deixasse dúvidas quanto á necessidade de haver a emissão de um parecer sempre que se solicitasse uma licença de caminhada por zonas condicionadas. Todas sabiam com que linhas se cosiam.... Tinha-se de pagar um montante exorbitante pelo parecer. Ou seja, pela caminhada. Quer se tratasse de um único caminhante ou uma associação com fins lucrativos.
Ora a actual e nova portaria veio para confundir ainda mais a situação. As actividades em área de ambiente natural continuam sujeitas a parecer, e este, é pago.
Mas devemos nos dar por "satisfeitos" porque o montante da licença baixou para um custo que será no mínimo de 150€.
Para além de não ser explícita sobre a sua interpretação e aplicação, toda a gente continua a ser abrangida, ou quase toda.... Apenas as escolas e outras tais conseguiram ficar isentas do pagamento.
Quanto a todos os que querem descobrir o Gerês com uma mochila ás costas, fica aqui o
alerta.
E dentro deste contexto de cegos, surdos e mudos, o ICBN aconselha a que as caminhadas se limitem aos trilhos sinalizados enquanto o novo plano não é aprovado e a portaria, alterada.
Até quando?
"Há sítios no mundo que são como certas existência humanas: tudo se conjuga para que nada falte à sua grandeza e perfeição. Este Gerês é um deles." - M. Torga