Sobrevivi de uma fantástica jornada
No sábado o tempo estava realmente mau e na parte mais alta da serra não se via nada. Assim o programa teve de ser alterado e decidiu-se transferir para sábado o programa de domingo (o programa do Valente Cruz que o meu era acabar a Into the Wild com uma data de caches pelo meio...). Assim acabámos por uniformizar os planos e alinhei no FTF à (multi-)
Pastores e Borralho by Sphinx_n_Sophie, uma comprida multi colocada à mais de um ano e publicada há quase duas semanas. Uma longa caminhada não demasiado dífícil com uma longa subida inicial que segue o percurso do PR4 dos Trilhos Verdes de Manteigas. O percurso passa pela emblemática (tradicional-)
Nave da Mestra e acabámos por fazer dois desvios que nos levaram a duas grandes caches, a (tradicional-)
Fraga dos Trilhados [Serra da Estrela] e a (tradicional-)
O Olhar do Gigante. Cada desvio que decidiamos fazer parecia desencadear uma chuvada pelo que entre chuva e vegetação encharcada (alguma pela cabeça...) foi uma caminhada muito molhada...E u o MichaelCharmichael por vezes relembramos outra épica jornada pela Aldeia da Pena (apesar de tudo choveu bem menos e não estava nevoeiro...)
A Fraga dos Trilhados foi talvez a cache técnicamente mais difícl dos dois dias. Uma cache de terreno 4.5 feita com a rocha molhada e com um caminho até lá completamente a corta-mato não foi pêra-doce (e basta ver que o último found tinha mais de 6 meses, curiosamente do MichaelCarmichael que agora a ficou a apreciar ao longe). Pelo meio outras caches. Mas realmente estas quatro caches foram as Best.
Com o tempo como estava claro que não se foi dormir ao topo do Cântaro Magro, mas a alvorada de domingo ficou marcada para as cinco e pouco para se decidir o programa do dia conforme o aspecto do céu. E o aspecto era óptimo, céu com poucas nuvens e que não cobriam nada de relevante. Assim parte razoável do programa da véspera foi transferido para domingo. Tudo começou com ver nascer o dia na base do (tradicional-)
Cãntaro Magro e iniciar a subida a seguir. Não a achei especialmente difícil e em relativamente pouco tempo estávamos lá em cima. Vista espectacular sem dúvida. Voltar a descer e ir para o Covão da Ametade para se atacar o Cântaro Gordo. Técnicamente também não é difícil mas o percurso é cansativo. Fantástica a Lagoa dos Cãntaros (onde na verdade começa a (multi-)
Cãntaro Gordo) e realmente impressionante o contraste entre primeiro se olhar para cima e pensar "mas como é que se vai subir isto tudo!" e o depois de cima olhar para baixo e pensar "fantástico eu ter subido isso tudo!". Depois uma descida relativamente fácil até à base do Covão Cimeiro, mas que depois se complicou com a incursão e nova trepadela que a recente (tradicional-)
Covão Cimeiro (GZ) propicia. Depois outro momento memorável, uma ligação em linha recta entre o Covão Cimeiro e a (tradicional-)
Covão da Ametade que talvez pela primeira vez tenha sido feita por cima
. E pronto o fim de semana estava quase a terminar...mas não sem antes e embora não tenha sido ainda desta que tenha conseguido fazer a segunda parte da (multi-)
Into the Wild (Lagoa Comprida-Torre) tenha tido a oportunidade de fazer parte do resgate do
Badjoras Monkey refém há mais de um ano no ponto final da cache e que entretanto ficou interdito. A operação de resgate implicou algumas operações ilícitas mas a causa era boa e assim o macaquinho foi resgatado dos fantásticos subterrãneos da Força Aérea, infelizmente e como toda a Torre em péssimo estado e dando um péssimo aspecto ao ponto mais alto de Portugal Continental. Como está vedado nem urbex permite...
Resta-me agradecer ao Valente Cruz por ter planeado este fim de semana e aos restantes companheiros de jornada (mafilll, MichaelCarmichael, J.Greg e ZéSampa). Se pensarmos que todos eles são caminheiros experientes, todos concluiram a Into the wild numa única jornada e todos têm idade para ser meus filhos, temos de dar valor à performance aqui do velhote