por 2 Cotas » sexta jul 11, 2008 15:29
Confesso que tenho alguma dificuldade em perceber o “needs archiving”.
Há quem diga que é porque está lá o botaníco. Outros, porque preserva qualquer coisa no jogo. Haverá ainda quem ache que sim, “direitos” são “direitos” e escrevem-se com as mesmas letras de “dever”. Sem querer nacionalizar, acho que é mesmo à portuguesito: “Deixa cá fazer me’tha, para ver o que acontece”.
Vamos lá por partes.
Está lá o botaníco. E depois? Eu também tenho lá em casa uma pistola. Por esse andar tenho todo o direito de amandar uns tiros. Pró ar, pró cão do vizinho, nos cornos de um tipo qualquer, afinal eu tenho lá o botaníco. A menos que me queiram convencer que os senhores da GroundSpeek são primos da santíssima, q.e.d. personificações divinas, terem lá posto o botaníco deve ter sido ideia de algum luso descendente. Ou mania de complicar. É um aviso para quê? Aí vem borrasca?
Muito bem. Tá lá a po’’a do botaníco. Bora clicar. Sem querer ser mais papista que o papa, a demonstração está demonstrada, só podia dar me’tha.
Mudemos de argumento.
Que pode levar alguém a querer clicar, para lá da geração de ideias malcheirosas? Pureza da raça? Se não é para moer o a paciência ao outro gajo é para quê? Porque está a ocupar/desperdiçar lugar?
Orátão vamos lá por ai. A cena dos décimo de milha, (160 metros para os mais obtusos), assim em cima do joelho dá para enfiar, só no continente, 12500000, doze milhões e meio de caches, (pitagoras e al.). Não me parece que seja por isso. E a voces?
Porque o lugar merece, dirão alguns. Não percebo. Com esse argumento posso, assim a olho, mandar arquivar 95% das caches que já fiz. Coisa que não faço. Na verdade, se alguém disser que o local merece uma cache melhor, e a minha fome de beleza for suficiente, irei lá. Tenha ou não cache. Ou então, como não estou muito preocupado com a minha longevidade, nem com a falta de caches, espero que a situação se resolva, nem que demore anos. Não estamos a falar de urgências sexuais, pois não?
Não é então, nem por urgência, nem por beleza. Voltamos ao inicio. É para fornicar o juízo ao gajo.
Fornicação tipo1. Eu quero é o lugar do gajo. 160 metros é muito e eu quero é aquele. Há variantes, “ a coisa da vizinha é melhor que a minha”, “eu faço mais e melhor que ele” vulgo “a minha é mais comprida do que a tua”. Cá para mim esta é uma alternativa á geração de papa castanha.
Fornicação tipo 2. “O gajo paga-mas!”, ”Da outra vez, foi ele, agora sou eu.”, “Ainda me lembro do que me fizeste no verão passado.”, “Tenho a memória curta, o resto é comprido”, ou a variante mais comum: “tenho tudo curto, mas grito muito”. Não acham que isso é criancice? Chateiem-se lá como quiserem mas, por favor, longe daqui. Combinado?
As regras do jogo, não são o limite até onde eu devo ir, são mesmo o limite onde eu não devo chegar. Consegui resistir á uma ideia muito forte de pedir arquivamento de uma cache. Não porque a cache o não merecesse, mas porque eu, eu mesmo, euzinho, não tenho nada a ver com isso. A pureza da raça é garantida pelo meu log, pela minha explicação, pelo meu contacto com o owner, com a minha tentativa de corrigir. Se não funcionar, a minha fúria correctora não pode chegar tão longe. Se o pobre decidir manter a coisa durante séculos a apodrecer ao sol sem tomar medidas, deixa-lo. A bem dizer, atendendo que mesmo que toda agente se revolte com alguma cache, haverá sempre alguém, demasiados, diria eu, disposto a ir lá. Sou eu que vou “protege-los” mesmo de depois de todos os avisos e respectivo folclore? Prefiro manda-los prender, sempre deixam a marias por ai desamparadas…
Fazem lixo? É uma questão higiénica? É mesmo por uma questão ambiental? Não me lixem… Com a quantidade de lixo que costumo encontrar dentro das caches mandava arquivar os outros 5%.
Tenho, que me lembre, duas caches paradas á cerca de um ano. Ou mais, não sei. E tenho de propósito, porque sim e porque ainda tenho a duvida se valerá a pena dar-me ao trabalho de andar a perder tempo, torrar a paciência e gastar dinheiro. Escusam de se dignar a mandar uns arrotos nesta direcção. Estão suspensas porque alguns dos últimos burros que lá foram, partiram, estragaram, vandalizaram, e em geral utilizaram as mesmas habilidades que usam nas eleições, escolhas clubistas, preferências sexuais e destinos de férias. Estamos falados.
Mesmo que possa alegar falta de tempo, alego antes falta de vontade. Quanda me passar, volto a coloca-las. Entretanto tem mais 12497000 locais para encher de tamparueres. Nos intervalos, deem atenção ás mulheres. (Aos homens). (Whatever...).
Ciclicamente aparecem aqui variantes e dissertações sobre o joguito, nomeadamente sobre as eventuais quebras nos protocolos. Há que diferençar entre o geocaching e o blábláonline. Lá, onde a coisa fia mais fino, onde o “Senhor do sinal” nos faz suar a estopinha a única verdade é a caixelha mais ou menos finamente escondida. Aqui é a voz do teclado e a fúria da tecla. Quando a coisa começa a baloiçar e a paciência a não ser alimentada duvido da utilidade deste fórum. Começo a questionar se esta varanda não acaba por ser mais adubo de personalidades do que propriamente um repositório de ideias, experiências, historias e divertimentos.
Vocês não acham que seria mais benéfico a partilha dos bons momentos do que perpetuar aquilo que a humanidade tem de pior? Amor com amor se paga. (Ou será me’tha com me’tha se paga?). Procurem caches, coisem nas marias, sejam felizes.
Que o sinal esteja convosco. Bem precisam…
