por rifkind » terça jul 30, 2013 10:05
Também tenho dificuldade em fotografar desconhecidos e isso tornou particularmente difíceis os foto concursos onde pessoas estavam envolvidas nos temas. Portanto, regra geral passo ao lado da questão de autorização individual para uso de fotos, porque as evito.
Houve algumas situações onde me pediram para não tirar fotos. Tipicamente isso sucedeu porque não havia um aviso claro de que não era permitido e eu não me apercebi. Nunca houve uma situação onde achei que valesse a pena discutir essa permissão, pelo que tendo sido pedido que não fotografasse, acatei.
Houve uma situação onde me pediram para apagar fotos, mas foi em Marrocos. Estava a fotografar uma zona de estrada onde estávamos com os carros e onde estava a polícia. Um polícia abordou-me e disse que não podia tirar fotos. Eu mostrei-lhe a máquina (já era digital), mostrei as fotos onde estava a polícia e apaguei. Tudo bem.
Houve uma situação onde estava em espaço privado de usufruto público (estação da CP e linha da Refer) e o responsável da estação nos abordou para não tirarmos fotos. Creio que perguntei se queria que apagássemos as que já tinhamos. Explicámos que era para uso pessoal, ele perguntou se não era mesmo para uma revista/jornal/cena pública e à nossa confirmação do uso pessoal ele disse que ok, podíamos manter as fotos e até tirar mais algumas, mas rapidamente. O regulamento da CP/Refer existe, mas ficou mesmo a ideia de que existia para prevenir as fotos por orgãos de comunicação social. Há outros relatos bem diferentes, porque os responsáveis não foram tão cooperantes ou vice-versa.
Há uma situação particular que não é referida explicitamente no artigo e é extremamente comum: igrejas e edifícios de culto. São normalmente edifícios privados (no sentido em que normalmente não pertencem ao estado) mas de utilização pública. Aí já me pediram algumas vezes que não publicasse fotos dos interiores, devido ao medo de que essas fotos pudessem atrair "coleccionadores" indesejados. Para uso próprio, nunca nos colocaram entraves e na verdade, nas poucas fotos que publicamos, evitamos fotos que (na nossa opinião) possam chamar a atenção para detalhes potencialmente valiosos.
Deste artigo, as partes que achei mais interessantes foram mesmo o apelo ao diálogo (a lei é extensa e confusa na prática) e o que devem ou podem fazer as autoridades.