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Poemas...

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Re: Poemas...

Mensagempor Lima_Paço » segunda set 27, 2010 17:40

Hoje de manhã saí muito cedo

Hoje de manhã saí muito cedo,
Por ter acordado ainda mais cedo
E não ter nada que quisesse fazer...

Não sabia que caminho tomar
Mas o vento soprava forte, varria para um lado,
E segui o caminho para onde o vento me soprava nas costas.

Assim tem sido sempre a minha vida, e
Assim quero que possa ser sempre --
Vou onde o vento me leva e não me
Sinto pensar.

Alberto Caeiro
"Aprendi..., que a desilusão é uma das piores dores!... Pois ninguém se ilude com aqueles que conhece, mas sim com os que pensa que conhece!..." (Helber Chin Ku Chon Choo)
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Re: Poemas...

Mensagempor Lima_Paço » segunda set 27, 2010 21:06

A implosão da mentira

Fragmento 1


Mentiram-me.Mentiram-me ontem

e hoje mentem novamente. Mentem

de corpo e alma, completamente.

E mentem de maneira tão pungente

que acho que mentem sinceramente.


Mentem, sobretudo, impune/mente.

Não mentem tristes. Alegremente

mentem. Mentem tão nacional/mente

que acham que mentindo história afora

vão enganar a morte eterna/mente.


Mentem.Mentem e calam. Mas suas frases

falam. E desfilam de tal modo nuas

que mesmo um cego pode ver

a verdade em trapos pelas ruas.


Sei que a verdade é difícil

e para alguns é cara e escura.

Mas não se chega à verdade

pela mentira, nem à democracia

pela ditadura.


Affonso Romano de Sant'Anna
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Re: Poemas...

Mensagempor Lima_Paço » quarta set 29, 2010 08:55

A implosão da mentira

Fragmento 2


Evidente/mente a crer

nos que me mentem

uma flor nasceu em Hiroshima

e em Auschwitz havia um circo

permanente.


Mentem. Mentem caricatural-

mente.

Mentem como a careca

mente ao pente,

mentem como a dentadura

mente ao dente,

mentem como a carroça

à besta em frente,

mentem como a doença

ao doente,

mentem clara/mente

como o espelho transparente.

Mentem deslavadamente,

como nenhuma lavadeira mente

ao ver a nódoa sobre o linho. Mentem

com a cara limpa e nas mãos

o sangue quente. Mentem

ardente/mente como um doente

em seus instantes de febre.Mentem

fabulosa/mente como o caçador que quer passar

gato por lebre.E nessa trilha de mentiras

a caça é que caça o caçador

com a armadilha.

E assim cada qual

mente industrial?mente,

mente partidária?mente,

mente incivil?mente,

mente tropical?mente,

mente incontinente?mente,

mente hereditária?mente,

mente, mente, mente.

E de tanto mentir tão brava/mente

constroem um país

de mentira

—diária/mente.



Affonso Romano de Sant'Anna
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Re: Poemas...

Mensagempor Silvana » quarta set 29, 2010 09:10

"Poesia por acaso

Sem inspiração
estou agora.
Tento atiçar a imaginação
mas ela demora.
Não consigo pensar em algo
que faça rimas.
É como querer acertar o alvo
com a flecha apontada para cima.
Não acho um bom assunto
que se organize bem em versos.
Mesmo sabendo que no mundo
há mil assuntos diversos.
Que coisa chata,
não consigo imaginar.
Isso quase me mata,
porque é horrível não poder pensar.

Mas espere um momento,
mesmo não tendo um tema,
se estas frases vou relendo,
vejo que é um poema!"

De Clarice Pacheco"
"Há sítios no mundo que são como certas existência humanas: tudo se conjuga para que nada falte à sua grandeza e perfeição. Este Gerês é um deles." - M. Torga
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Re: Poemas...

Mensagempor alieri » quarta set 29, 2010 09:19

O verdadeiro poeta
faz os versos sem rimar
comprei uma cama nova
acordei com os pés de fora...
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Re: Poemas...

Mensagempor Silvana » quarta set 29, 2010 09:22

O SEGREDO

Sei um ninho.
E o ninho tem um ovo.
E o ovo, redondinho,
Tem lá dentro um passarinho
Novo.

Mas escusam de me atentar:
Nem o tiro, nem o ensino.
Quero ser um bom menino
E guardar
Este segredo comigo.
E ter depois um amigo
Que faça o pino
A voar...

Miguel Torga, in "Diário VIII"
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Re: Poemas...

Mensagempor Lima_Paço » quarta set 29, 2010 10:01

A implosão da mentira

Fragmento 3


Mentem no passado. E no presente

passam a mentira a limpo. E no futuro

mentem novamente.

Mentem fazendo o sol girar

em torno à terra medieval/mente.

Por isto, desta vez, não é Galileu

quem mente.

mas o tribunal que o julga

herege/mente.

Mentem como se Colombo partindo

do Ocidente para o Oriente

pudesse descobrir de mentira

um continente.


Mentem desde Cabral, em calmaria,

viajando pelo avesso, iludindo a corrente

em curso, transformando a história do país

num acidente de percurso.



Affonso Romano de Sant'Anna
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Re: Poemas...

Mensagempor Silvana » quarta set 29, 2010 12:52

Fragmento 4

Tanta mentira assim industriada
me faz partir para o deserto
penitente/mente, ou me exilar
com Mozart musical/mente em harpas
e oboés, como um solista vegetal
que absorve a vida indiferente.

Penso nos animais que nunca mentem.
mesmo se têm um caçador à sua frente.
Penso nos pássaros
cuja verdade do canto nos toca
matinalmente.

Penso nas flores
cuja verdade das cores escorre no mel
silvestremente.

Penso no sol que morre diariamente
jorrando luz, embora
tenha a noite pela frente.


Fragmento 5

Página branca onde escrevo. Único espaço
de verdade que me resta. Onde transcrevo
o arroubo, a esperança, e onde tarde
ou cedo deposito meu espanto e medo.
Para tanta mentira só mesmo um poema
explosivo-conotativo
onde o advérbio e o adjetivo não mentem
ao substantivo
e a rima rebenta a frase
numa explosão da verdade.

E a mentira repulsiva
se não explode pra fora
pra dentro explode
implosiva.

Affonso Romanode Sant'Anna
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Re: Poemas...

Mensagempor bicho felpudo » quarta set 29, 2010 12:53

Falsidade


Um rosto oculta mil faces ocultas num sorriso
A falsidade involuntária, pisa o piso, sem qualquer aviso
Ao fundo vês um friso, impreciso e pouco conciso
Mas mesmo assim o segues, iludido pelo paraíso

Quantas vezes mentes, com medo de uma verdade
Já não existes à tanto tempo que até causa saudade
O teu ser não é 1, mas um universo multifacetado
O caminho era tortuoso e tu atravessaste a nado

Porque mentes, porque enganas o que sentes
Porque és mais que tu, várias caras diferentes
Porque escondes o que fazes, nas costas de quem amas
Porque não ganhas coragem para confessar que também te enganas

Porque sorris quando na verdade queres chorar
O teu mundo é tão grande, não precisas de te isolar
Larga a falsidade, e volta ao que é o teu único eu
Aquele que escondes e ninguém nunca conheceu.
"Os covardes morrem muito antes de sua verdadeira morte. "
( Júlio César )

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Re: Poemas...

Mensagempor Silvana » quarta set 29, 2010 12:55

Um local espectacular, S. Leonardo da Galafura.

São Leonardo da Galafura

À proa dum navio de penedos,
A navegar num doce mar de mosto,
Capitão no seu posto
De comando,
S. Leonardo vai sulcando
As ondas
Da eternidade,
Sem pressa de chegar ao seu destino.
Ancorado e feliz no cais humano,
É num antecipado desengano
Que ruma em direcção ao cais divino.

Lá não terá socalcos
Nem vinhedos
Na menina dos olhos deslumbrados;
Doiros desaguados
Serão charcos de luz
Envelhecida;
Rasos, todos os montes
Deixarão prolongar os horizontes
Até onde se extinga a cor da vida.

Por isso, é devagar que se aproxima
Da bem-aventurança.
É lentamente que o rabelo avança
Debaixo dos seus pés de marinheiro.
E cada hora a mais que gasta no caminho
É um sorvo a mais de cheiro
A terra e a rosmaninho!

Miguel Torga
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Re: Poemas...

Mensagempor bicho felpudo » quarta set 29, 2010 12:58

Mundo de hipocrisia



Neste mundo de hipocrisia…
Apercebo-me com tristeza,
Até com certa ironia…
O quanto vivemos na incerteza…

Como distinguir,
A fraude da autenticidade?
Como saber quem anda a fingir…
Ou quem fala com sinceridade?

Sorrisos repletos de falsidade…
Palavras sem um pingo de verdade…
Vivemos num Mundo de loucuras

Anda meio mundo enganando outro meio,
Em completo devaneio…
Num carrossel de imposturas




Fátima Rodrigues
"Os covardes morrem muito antes de sua verdadeira morte. "
( Júlio César )

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Re: Poemas...

Mensagempor Lima_Paço » quarta set 29, 2010 12:58

O anão de Marrakesh

De Affonso Romano de Sant'anna para Yvone Bezerra de Mello

Elas vão ao banho (dizem aos maridos) fazer limpeza de pele mas algo a mais ali sucede basta ver como depois além do corpo a alma lhes vai leve.

O segredo deste anão está guardado na palma da mão e com seus dedos sabe sublimar as mulheres.

Elas vêm, e ele com silencioso gesto pede que se dispam,se despem.Se ele dissesse, voem voariam, se dissesse dancem, dançariam se dissesse, amem-me o seu mínimo corpo amariam.

Mas pede apenas que larguem suas vestes e se deitem à espera que suas pequenas mãos se agigantem e abram portas, janelas,desvãos, abismos na vertigem da viagem dentro da própria pele.

Quando se despem despedem-se dos maridos e já não mais carecem de amantes é como se Penélope convertida em Ulisses nas mãos do anão a Odisséia sentissem.

Ninguém sabe exatamente o que seus dedos operam.Começa pelos pés e algo vem subindo devagar ao leve toque que não toca, que roçam nas mas que não fere, que solicita e impera e vai em círculos como se o bem e o mal se transcendessem numa espiral de delícias.

Os maridos e parceiros ficam no hall do hotel bebendo uísque, nas quadras jogando tênis e nunca saberão o que ocorreu ao leve toque daquelas pequenas potentes, suaves mãos.

Finda a massagem (nome conveniente à transfigurante viagem) as mulheres reaparecem translúcidas caminhando a um centímetro do chão irrompem inalcançáveis como se tivessem tido uma visão.

Aos maridos não adianta qualquer explicação. Há na pele da alma delas algo de que jamais se esquecem:o irrepetível toque dos dedos e das mãos do anão de Marrakesh.
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Re: Poemas...

Mensagempor Lima_Paço » segunda Oct 04, 2010 23:32

Saudade

" Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos
saudades de todas as conversas jogadas fora, as
descobertas que fizemos, dos sonhos
que tivemos, dos
tantos risos e momentos que compartilhamos.
Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia,
das vésperas de finais de semana, de finais de ano,
enfim... do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso.
Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo
destino,
ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez
continuemos a nos encontrar quem sabe...... nos e-mails trocados.
Podemos nos telefonar conversar algumas bobagens....
Aí os dias vão passar, meses...anos... até este
contato tornar-se cada vez mais raro.
Vamos nos perder no tempo....Um dia nossos filhos
verão aquelas fotografias e perguntarão? Quem são
aquelas pessoas?
Diremos...Que
eram nossos amigos. E...... isso vai doer tanto!
Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores
anos de minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente......
Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos
reuniremos para um ultimo adeus de um amigo. E entre
lágrima nos abraçaremos.
Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele
dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado
para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado.
E nos perderemos no tempo.....
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo : não
deixes que a vida passe em branco, e que pequenas
adversidades seja a causa de grandes tempestades....
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem
morrido todos os meus amores,
mas enlouqueceria se
morressem todos os meus amigos!"

Fernando Pessoa
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Re: Poemas...

Mensagempor bicho felpudo » terça Oct 05, 2010 12:35

Rir


Por te fazeres de engraçado,
Sem sequer teres muita graça.
Acabaste em desgraçado,
Por teres caído em desgraça.

Na vida devemos rir,
Porque faz bem á saúde.
Devemo-nos divertir,
E fazê-lo amiúde.

Ás vezes até dá graça,
E para alguns é o bastante.
O que o destino nos traça,
Torna-se hilariante.

Rir do que dá vontade.
E nunca rir a fingir.
Rir, se for de verdade,
E só assim se deve rir.

Todo o que faz riso falso,
Com o intuito de ter amigos,
É como caminhar descalço,
Não vendo todos os perigos.

Gargalhadas estrondosas,
Só para atrair a atenção,
Tornam-se tão duvidosas,
Como a mais simples traição.

Se tens a medida correcta,
Podes sentir um certo orgulho.
Tens uma forma concreta,
De rir sem fazer barulho.

zeninumi
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Re: Poemas...

Mensagempor bicho felpudo » terça Oct 05, 2010 20:56

Fui Pedir um Sonho ao Jardim dos Mortos

Fui pedir um sonho ao jardim dos mortos.
Quis pedi-lo, aos vivos. Disseram-me que não.
Os mortos não sabem, lá onde é que estão,
Que neles se enfeitam os meus braços tortos.

Os mortos dormiam... Passei-lhes ao lado.
Arranquei-lhes tudo, tudo quanto pude;
Páginas intactas — um livro fechado
Em cada ataúde.

Ai as pedras raras! As pedras preciosas!
Relâmpagos verdes por baixo do mar!
A sombra, o perfume dos cravos, das rosas
Que os dedos, já hirtos, teimavam guardar!

Minha alma é um cadáver pálido, desfeito.
As suas ossadas
Quem sabe onde estão?
Trago as mãos cruzadas,
Pesam-me no peito.
Quem sabe se a lama onde hoje me deito
Dará flor aos vivos que dizem que não?

Pedro Homem de Mello, in "Príncipe Perfeito"
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