Paisagista Escreveu:Ora bem, acabei de fazer mais um DNF em que só encontrei bocados de plástico preto e já não é a primeira vez na minha vidinha de principiante...
O que é que adianta uma cachenote a explicar que isto é um jogo, etc. etc. se os muggles só vêem um saco de plástico preto e o jogam para o lixo?
Acho que sacos transparentes podiam salvar muitas caches da destruição inadvertida.
Sacos, "to be or not to be", versão 12798.
Ididilia seria a sociedade em que os muggles, vendo um pedaço de lixo, escondido em local pouco provável, sacrificassem a limpeza dos seus casacos e mãos para o agarrarem e depositarem no contentor de lixo mais próximo. Exclusão feita aos profissionais do sector, jardineiros, funcionários dos serviços de limpeza camarário e etc... mas nesse caso a objecção aos sacos pretos fica limitada a espaços ajardinados e afins, e isso posso subscrever.
Julgo que é consensual que, bem ou mal, a utilização de um saco para envolver uma cache se limita a duas funções:
a) Isolamento
b) Camuflagem
Chegado a este ponto, posso dar a minha opinião, à laia de curiosidade: no primeiro aspecto, não tenho. Não faço ideia se um saco de plástico cumpre a sua função de protecção, ou se acaba por ser contraproducente, depois de a água encontrar o seu caminho de entrada pelos buraquinhos e buracões, rasgos e rasgões que com o tempo rapidamente começam a surgir. No segundo aspecto, creio que é de facto um óptimo expediente de camuflagem, quando o cenário se adequa. O que é certo é que um saco transparente é desde logo desnudado de 50% das suas potenciais funções.
Ainda pessoalmente, tendo a deixar de usar sacos de plástico. Já vi demasiadas vezes a porcariazinha em que um saco, ressequido de 2 ou 3 anos a apanhar sol e chuva, frio e calor, se pode tornar. Para manter o conteúdo em segurança, pois não sei se serve. De forma que agora só uso quando traz notória vantagem à camuflagem.
Adicionaria, bem espremida esta carola, um terceiro factor de utilidade, já mais rebuscado mas nem menos verdadeiro: se um muggle da limpeza se vai aos sacos como abelha ao mel, isto se estiver virado para desempenhar bem o seu trabalho, pois então o oposto se aplica. Ou seja, um muggle comum, foge de um saco velho na paisagem como o Diabo foge da cruz. Ora então o Jaquim Manel passeando com o seu neto detecta uma caixinha toda bonita, com um ar todo organizado, a espreitar do buraco de uma árvore ou entre uns arbustos. O mais certo é que uma vez estabelecido o contacto visual, a mãozinha vá a seguir e no fim toda a cache seja explorada... depois o destino que leva, partirá da educação, sensibilidade e convicções de cada Jaquim Manel deste mundo. Mas já se for um saco com mau aspecto - como todos ficam - cheio de terra agarrada e sabe-se lá que mais, é certo, certinho, que o Jaquim Manel grita logo: " - Ó Paulo! Não mexas isso que isso é lixo! Tá tudo sujo filho, anda embora". E isto é uma mais valia para a gente.