Geocaching@pt

Lembro-me de ver aqui escrito que nos States, em alguns parques é preciso pagar fazer Geocahcing .

A minha dúvida, como é que a comunidade, vê parcerias com instituições.

Adiantando um pouco a ideia, estabelecer uma parceria com uma Camara Municipal ou com Parques Naturais, onde seriam colocadas caches em pontos estratégicos, nomeadamente turísticos. Onde o geocacher seria responsável pela sua manutenção e a Camara permitiria "adaptações" ao local, por forma a ocultar a caixa.

Não se me fiz perceber....

Opiniões?

As instituições teriam todo o interesse em promover isso acho eu.

Afinal só teriam de proporcionar um esconderijo (e até fazer uma pequena manutenção/segurança?) para a colocação da cache e continuar a sua actividade normal (e lucrar com as visitas extra que a cache lhes traria). Claro que teria que existir um maior controlo na publicação de modo a evitar caches com fins comerciais...

Acho que li algures que caches que fosse necessário o pagamento de uma taxa para chegar a elas não seriam aprovadas ou seria questionada a sua colocação.
De qualquer modo, se o local é interessante e os geocachers estiverem dispostos a pagar para o visitar e encontrar a cache, não vejo o mal. Afinal também há caches só para Premium Members (não quero aqui atacar nenhum grupo nem abrir uma nova discussão, simplesmente dar um exemplo)...

O sistema que existe em alguns Parques Naturais, principalmente nos Estados Unidos, é uma medida de precaução para que o geocaching não se torne num elemento estranho ao meio-ambiente.

O objectivo é cadastrar cada cache para que a gestão desses espaços possa controlá-las. A licença para colocar uma cache é passada apenas e só se esta respeitar o meio. Não é, como alguns podem concluir, um pagamento para colocar uma cache, do género "Pague lá 20 euros e espalhe lá a coisa onde quiser".

É mais "ok, nós autorizamos neste local, segundo as regras que definimos, e vamos mantendo a vigilância sobre o impacto da cache".

A licença é paga anualmente. Estes são os casos mais permissivos. Outros há onde é estritamente proibido colocar uma cache.

Quanto às parcerias, vemos com bons olhos, talvez influenciados pela única que tivémos agora. Foi com a Dress Code. A gestão do espaço avaliou a proposta e autorizou a colocação da cache. Contámos com o apoio total da administração e ainda com o pessoal da jardinagem.

A abordagem foi simples: Visitámos o espaço, gostámos e pedimos para falar com a administração. Quando essa reunião ocorreu, levámos "tudo", ou seja, recortes de imprensa, páginas de geocaches, GPS e uma cache já preparada. O pacote ficou lá para avaliarem. A resposta afirmativa veio pouco depois.

Se mais houvesse, melhor.

No entanto, há um lado mais obscuro nisto tudo. É ténue a linha que separa uma autorização, validação, vigilância de uma promoção turística, com fins lucrativos.

Mais uma vez refiro o caso concreto da Dress Code. Tem uma entrada paga, com descontos, durante grande parte da semana, excepto aos Domingos onde é gratuita a entrada nos jardins até às 14h. Contudo, todo o dinheiro recolhido é para a manutenção do espaço.

Boa sorte.

O mesmo aconteceu com a minha cache "Wonderland", no Jardim Botânico da Ajuda. Debati o assunto com a direcção do Jardim, explicando o que era o geocaching e que vantagens traria para o espaço.

Eles aceitaram, mas desde que as caches não estivessem colocadas de modo a que qualquer dano fosse provocado às espécies vegetais ou ao património.

Quanto a intervenções em parceria com câmaras municipais, numa óptica de dar a conhecer as potencialidades de um concelho, penso que já temos uma situação desse género em Alcochete - as caches de uma igreja no Sul do concelho e de um sobreiro centenário.